terça-feira, 23 de março de 2010

22/03 - HISTÓRIA DO DIA MUNDIAL DA ÁGUA


O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua d

quarta-feira, 17 de março de 2010

A PRÁTICA DOS BANHOS NA ATUALIDADE

Foi apenas neste século atual que a ducha entrou nos hábitos dos europeus, no entanto, um extenso caminho teve de ser percorrido em nome da higiene e da saúde. Hoje, os corpos são expostos sem nenhuma reserva como se fazia na antiguidade, mas isso não acontece mais durante o ato de se lavar, e sim depois dele. O banho tornou-se um hábito estritamente íntimo e ao mesmo tempo as vestimentas começam a valorizar o corpo, fazendo com que suas formas se destaquem, realçando-as e, por vezes, revelando o bronzeado e a pele lisa e firme. Contudo, tomar banho tornou-se uma prática individual de se preparar para a exposição pública (Figura 5, p. 24). Não é à toa que todo banheiro moderno tem um espelho, um item que, há cerca de dois séculos, dificilmente seria visto num local como esse (FEIJÓ, 2009). De acordo com Os Banhos (2009), as ostentações e mordomias que atualmente se tem na hora do banho passaram a existir há pouco tempo. Na Inglaterra do século XIX, as banheiras começaram a se difundir entre as famílias mais enriquecidas. Em algumas residências, os empregados se apressavam para preparar a banheira no quarto com água quente antes que seus patrões chegassem em casa. Já o chuveiro elétrico, conquistou mais espaço com o processo de urbanização das sociedades modernas e a ampliação das redes de energia. Atualmente, o hábito de tomar banho resumiu-se em uma questão de higiene e até em momento de entretenimento. Cada dia mais, os indivíduos investem na construção de espaços amplos onde possam ter a oportunidade de relaxar e esquecer os problemas diários (Figura 6, p. 24). Em algumas residências, o espaço do banheiro chega a ser mais extenso que o da própria cozinha. Além disso, buchas, cremes, xampus e sabonetes completam esse momento onde se procura conciliar higiene e prazer (OS BANHOS, 2009). Ashenberg (2008, p. 245), integra esta realidade descrevendo que: 
O futuro da limpeza permanece misterioso, mas ele será sempre influenciado pela disponibilidade de recursos e pela mentalidade da opinião pública. Por exemplo, só um severo racionamento de água faria com que os hábitos do banho mudariam de maneira eficaz. Uma coisa é certa, no fim do século XXI as pessoas rirão e se admirarão do que consideramos hoje limpeza. 
Para a autora, nas gerações futuras, o banho será um dos primeiros luxos a serem eliminados. Supostamente, vovôs contarão aos seus netos sobre tomar banho no meio do inverno em água limpa e quente, com sabonete perfumado e outros líquidos que se esfregavam pelo cabelo para deixá-los mais brilhantes e volumosos. 
(SILVA, 2009)

A PRÁTICA DOS BANHOS NA HISTÓRIA

Na Antiguidade, a falta de redes encanadas e esgotos eram supridas com o uso de copos e bacias que permitiam a prática do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em um banco enquanto derramavam pequenas quantidades de água nas partes a serem higienizadas (OS BANHOS, 2009). Os antigos egípcios banhavam-se cerca de três vezes em um só dia, consumiam muito tempo em banhos refrescantes e com o uso de perfumes e óleos aromáticos. Há mais de 3000 anos, o ato de banhar-se era sagrado e parecia ser uma forma de purificar o espírito do indivíduo. Os muçulmanos também não dispensavam o banho como ritual antes das suas preces e as salas de sauna transformaram-se por estas civilizações em áreas políticas e sociais. Mesmo os povos lusitanos aderiram à idéia, e não são poucos os resquícios que ainda se encontram nestes locais (A HISTÓRIA, 2009). Segundo Sousa (2009), para os gregos o contato com a água integrava o processo de educação dos jovens. De acordo com os inúmeros aspectos da época, o indivíduo bem ensinado tanto dominava a leitura assim como praticava a natação. No Império Romano, que claramente foi influenciado pela cultura grega, aumentou a recorrência do hábito de tomar banho realizando a construção das ilustres termas (Figura 1, p. 22). Cada uma dessas termas consistia em um edifício repleto de vários salões, onde continham vestiários, saunas e diversas piscinas. No entanto, os indivíduos não tinham o menor pudor de se banharem nesses locais públicos (Figura 2, p. 22) (A HISTÓRIA, 2009). Os camponeses mais pobres lavavam o rosto e as mãos apenas com água e como conseqüência, os piolhos e outros “visitantes” predominavam em suas cabeças, e eram disfarçados pelo uso permanente de chapéus ou barretes (A HISTÓRIA, 2009). 
 Na Idade Média, os banhos passaram a ser olhados com desconfiança e mesmo proibidos em muitas cidades como propagadores de doenças, como a peste, e acreditavam ser os causadores do amolecimento da alma quando praticados com água quente, pois levava à dilatação dos poros e conseqüentemente à facilidade da entrada de doenças no organismo. Dessa forma, o tomar banho se transformou em uma atividade anual e acontecia em um simples barril de água. As limpezas diárias eram feitas pelo uso de panos úmidos. Tinham como hábito de higiene vestir roupa lavada até que ficasse suja, porque existia o conceito que esta serviria como esponja da sujidade. Os dentes eram lavados com um dentífricio (pasta de dente) 100% natural (a urina). A sujeira chegava a tal ponto que, durante a época das descobertas, os europeus eram conhecidos pelos povos que visitavam como mal-cheirosos e porcos (A HISTÓRIA, 2009). Na mesma época, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho. Por essa razão o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o odor dos indivíduos ainda estava suportável. Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas levavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Atualmente maio continua sendo o "mês das noivas" e a origem do buquê de noiva pode se esclarecer com essa contextualização. Os primeiros tratados médicos indicavam na Idade Média os critérios “antigos” da higiene do corpo, a lavagem das mãos e do rosto e limpar as sujeiras das partes visíveis. A água aguçava a visão especialmente quando fresca (VIGARELLO, 1996). Este autor (p. 51) complementa: “Lava tuas mãos e teu rosto com água que acabe de ser tirada e a mais fria que possas encontrar, pois tal loção torna a visão boa, clara e aguçada.” Outra constatação era que os banhos eram tomados em uma única tina entornada de água quente. O chefe da família era o primeiro a banhar-se na água limpa (Figura 3, p. 23). Depois, sem que a água fosse trocada, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a serem banhados. Quando chegava à hora deles entrar, a água da tina já estava muito suja e era possível "perder" um bebê lá dentro. Esse contexto justifica a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, "não jogue o bebê fora junto com a água do banho" (CASSIO, 2009). 
Durante o século XVII os banhos continuavam sendo considerados algo perigoso. Nessa época, a indústria cosmética teve um enorme avanço, pois os melhores perfumes eram usados para disfarçar o mau cheiro. A roupa não era lavada, apenas sacudida e carregada de perfume. As mãos eram lavadas apenas de três em três dias e lavar o rosto estava fora de questão e para não danificar a pele, pois se acreditava que podia desgastar com lavagens frequentes. Assim, a sujeira era camuflada com enormes camadas de maquiagem, retocada todos os dias. Felizmente, para as narinas mais sensíveis, neste século surge o sabão à base de banha de porco, usado para lavar o rosto e as mãos, assim como as roupas. Somente no século seguinte que o banho foi reconhecido como um meio para se cuidar da saúde (A HISTÓRIA, 2009). 
Na segunda metade do século XVIII, os escritores descrevem sobre a limpeza das pessoas ou sobre a falta dela, especialmente sobre o mau cheiro que acompanhava a higiene inadequada. Como se as narinas, insensibilizadas por um fedor de séculos durante os quais ninguém tomava banho, tivessem se sensibilizado com o número consideravelmente pequeno de pessoas com cheiro de limpeza (ASHENBURG, 2008). Ainda no século XVIII, com os costumes de higiene em voga, nasceram mais dois compartimentos nas residências que até então não existiam, o quarto de banho e o “toilet”, que era o local onde se localizava o vaso sanitário. A princípio, tanto os quartos de banho quanto os vasos sanitários eram privilégios dos mais ricos. Em meados do século XIX, através de tratados médicos, confirmou-se a tendência dos hábitos higiênicos como necessidade básica para a saúde e o banho era incentivado por eles como um ato de limpeza do corpo e da alma. Os cuidados com a pele também podiam ser notados e o principal responsável era o sabonete, que ocupava um lugar de destaque na perfumaria, pois em 1791, um médico e químico francês chamado Nicolas Leblanc, que produziu artificialmente o carbonato de sódio, antes só encontrado em plantas (TRIGUEIRO, 2009). 
O conceito enfático de higiene passa a existir apenas no século XIX, na qual os hospitais passam a ser limpos regularmente, assim como outros locais onde possam proliferar doenças. Os manuais de higiene começam a aparecer, aprimorando-se de diversos produtos para melhorar a condição da pele e dos cabelos, as pilosidades tinham que se apresentar curtas, assim como as unhas e a pele lavada com água e sabão. Objetivando evitar as doenças, ficou estabelecido o hábito de lavar as mãos várias vezes ao dia, antes e depois das refeições e as roupas eram lavadas regularmente, abrindo-se para isso lavadouros públicos (A HISTÓRIA, 2009). A higiene era muito restrita para camponeses e operários, a água era coisa rara, e a dificuldade em ir buscá-la restringia seu uso. Por outro lado havia a idéia generalizada de que a água amolecia o corpo, ao passo que a sujeira era sinal de saúde. Entretanto só se fazia uma lavagem das partes do corpo que ficam à mostra, raramente indo além disso (PROST; VICENT, 1992). 
Segundo Feijó (2009), após o fim da Segunda Guerra, em 1945, quando uma considerável parte das residências européias teve que ser reconstruída, foram inclusos banheiros abastecidos com água encanada. A França foi a precursora nas inovações sanitárias, seguida pela Inglaterra e Alemanha. O procedimento de reconstrução de várias casas permitiu que os chuveiros fossem distribuídos por toda a Europa, assim, os banhos deixaram de ser um ato público (Figura 4, p. 23) (A HISTÓRIA, 2009). 

Mais informações: Artigo de Conclusão de Curso de Lucimara da Silva intitulado: A utilização dos banhos no decorrer da história humana, 2009-2.

A ÁGUA NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA


A água está associada ao inverno, pois é uma energia yin, de recolhimento. Sua cor é o preto, seu sabor é o salgado que, segundo a medicina chinesa tem a propriedade de afundar e fazer descer a energia. A emoção do elemento água é o medo.
Na medicina tradicional chinesa, o elemento água é relacionado ao rim e bexiga, podemos relacionar a água à liquidez, fluidez e solução. A água tem o movimento para baixo (excreção de fluídos impuros) e está associada ao armazenamento. No ciclo de geração a água gera a madeira e no ciclo de controle a água controla o fogo. (MACIOCIA, 2007)
Nosso corpo é constituído por quase 80% de líquidos. Os rins controlam o fluxo de água no nosso corpo, e a bexiga armazena e elimina o excesso de água. Pelos rins também absorvemos os minerais, que são metabolizados no fígado. Além disso, o fluxo de água é responsável pela renovação de fluídos do nosso corpo como o sangue, saliva, linfa, secreções glandulares, urina, suor, lágrima, leite materno, logo, nada no nosso corpo funciona sem a água. (HIRSCH, 2008)
Além do órgão rim (Zang Shen) a água está associada à víscera bexiga (Fu Pang Guang) que tem como função transformar os fluídos que necessita do Qi e do calor fornecido pelo yang dos rins. Esses fluídos são recebidos do intestino delgado e após transformados são excretados. O Qi e o calor necessários para esta transformação que são promovidos pelo Yang do Rim. (MACIOCIA, 2007).
 O símbolo da água representa, na medicina tradicional chinesa, o órgão rim e a víscera bexiga. Por isso, todos os padrões de adoecimento relacionados à água, são referidos como desarmonias do rim ou da bexiga. Associam-se ainda, ao elemento água os ouvidos, o cérebro, a medula, os ossos, os dentes, a região lombar, o aparelho reprodutor e a energia Jing (a essência) [...]. (CAMPIGLIA, 2004, p. 44)
Dentro do estudo da seqüência cosmológica a água é o início, o alicerce dos outros elementos. Isso corresponde à importância conferida ao rim como alicerce do Yin-Yang de todos os órgãos. O rim pertence ao elemento água e estoca a essência (Jing), mas também armazena o fogo na porta da vida (Ming men) é, portanto, a fonte da água e do fogo, além de serem denominados de o Yin e o Yang originais. A partir de tal ponto de vista, a água pode ser considerada o alicerce de todos os outros elementos.  (MACIOCIA, 2007)
As emoções estão fortemente associadas ao elemento água, por exemplo, as lágrimas derramadas ou a sensação de se estar tomado, inundado de sentimentos. A água é um meio fluido pelo qual se comunica o sutil, as vibrações emocionais e o sentir como uma posição de onda.
Conforme os textos taoístas a água é símbolo de sabedoria, pois corre livre seguindo as irregularidades do terreno, sem contestar, sem parar, achando seu caminho por entre pedras e obstáculos. No budismo tibetano a água é usada para sacramentar os votos religiosos. Muitas vezes é o símbolo do inconsciente, do indiferenciado. Nadar em um grande mar ou lago é retornar ao todo indivisível. A água segundo o taoísmo é o caos e a indistinção primeira, o útero materno e a vida aquática do feto são momentos de fusão em diferenciação. Sem o útero o feto não existe. (CAMPIGLIA, 2004)
O elemento água faz parte do sangue e outros líquidos corporais, como o esperma, que é outra fonte de vida. Deste modo, a água não só fertiliza os campos, mas ainda da vida ao homem por meio dos líquidos seminais e do sangue. Ela representa o fluxo contínuo de vida e de vitalidade.

quinta-feira, 11 de março de 2010

CRIOTERAPIA

De acordo com Knight (2000, p.5) "crioterapia significa literalmente: terapia com frio". Assim, todo e qualquer uso do gelo ou aplicações de frio para fins terapêuticos é crioterapia. A crioterapia é considerada por alguns autores como uma prática, e não como uma modalidade, uma vez que a rigor o seu significado é o uso do frio como terapia.
A água muito fria, por possuir efeito analgésico, sendo usada inclusive em procedimentos cirúrgicos, minimiza a sensação de desgaste e cansaço, prevenindo a síndrome do super-treinamento. Contudo, "tais efeitos, como a diminuição da dor, espasmos musculares, metabolismo e inflamação parecem ser universalmente aceitos, embora os mecanismos de ação não sejam totalmente esclarecidos".
                                                                        Segundo Dalla Via (2001, p.29) a água fria (sempre que seja aplicada ao corpo quente ou previamente
                                                                             aquecido), resfria, num primeiro momento, a pele e os tecidos subcutâneos. Mas o corpo reage de imediato com um fluxo aumentado de sangue, do interior ou das outras partes não tratadas, para a parte mais fria do corpo.
(...) as modalidades frias que promovem vasoconstricção sistêmica diminuindo o fluxo sanguineo periférico, reduzindo o metabolismo (muscular principalmente) e consequentemente a necessidade de oxigenação tecidual, induzem uma reação do organismo ao estímulo frio, descrita por Knigth "vasodilatação induzida pelo frio (vif) (...)", perceber a "vif" é importante para estipular o tempo de imersão que irá variar de individuo para individuo. No corpo, a "vif" é percebida quando há um aumento do fluxo sanguineo elevando a temperatura corporal realizando um fluxo energético altamente revigorante. A ação revigorante é interpretada por Dalla Via (2001) como um dos objetivos da Hidroterapia, e pode ser identificada até mesmo no costume dos povos indígenas da reserva nacional do Xingu que realizam um ritual diário de banhar-se na água fria no rio nos minutos que antecedem o nascer do sol, relatando que desta forma tornam-se espíritos mais fortes.

Maiores informações: Projeto de Intervenção intitulado: A NATUROLOGIA NO CONTEXTO ESPORTIVO, do estagiário da Naturologia Aplicada: Caique Coelho, 2009-2.

segunda-feira, 8 de março de 2010

ALGAS MEDICINAIS

Elas são consideradas o pulmão do mundo: Não, não se trata das exuberantes árvores que revestem o solo da floresta Amazônica, mas sim das algas. Isso mesmo. São elas as responsáveis pela liberação da maior parte do oxigênio que mantém o planeta vivo. Embora sejam ainda ilustres desconhecidas da maioria dos brasileiros, essas plantas aquáticas são figurinhas fáceis no cardápio dos povos do Oriente. E também é por aquelas bandas que suas propriedades terapêuticas são mais conhecidas e utilizadas pelos médicos. Segundo os orientais, as algas são capazes de fortalecer as defesas do organismo, ajudar a regular o funcionamento da glândula tireóide e dar uma força para as pessoas que travam batalha contra a balança. "Certas espécies podem até ser utilizadas para combater tumores em fase inicial. Isso é um dos efeitos do reforço do sistema imunológico", afirma o clínico geral Jou Eel Jia, de São Paulo, especialista em Medicina tradicional chinesa. Algas melhoram a qualidade de vida de gente doente: Não são apenas os orientais que apostam nos benefícios dessas espécies. Um trabalho do Medical College of Virginia, nos Estados Unidos, constatou que elas podem melhorar a qualidade de vida de quem tem câncer. Os cientistas avaliaram por dois anos 21 pacientes com tumores cerebrais que consumiram extrato de clorela, uma alga de água doce. Eles continuaram, porém, seguindo os tratamentos convencionais, como a quimioterapia. O resultado foi animador: os doentes ficaram com o sistema de defesa fortalecido e sofreram menos os efeitos colaterais das drogas quimioterápicas. Outras propriedades : Cheias de componentes saudáveis, as algas vão além. São ricas em iodo — mineral essencial para o equilíbrio da tireóide. Sabe-se que a carência dele pode causar o bócio, aumento anormal da glândula. "Na China, a alga kombu é usada para tratar disfunções tireoidianas", conta Alex Botsaris, fitoterapeuta do Rio de Janeiro. Elas são capazes de varrer as toxinas do corpo, ajudando a tratar espinhas. "Para os orientais, as toxinas vêm do excesso de calor no fígado. E as algas neutralizam esse aquecimento por serem elementos frios", diz Marcelo Jovchelevich, clínico geral de São Paulo e especialista em Medicina chinesa. Certos tipos, como a spirulina, dão uma mão a quem precisa emagrecer. "Essas algas têm açúcares que seqüestram a gordura do aparelho digestivo, fazendo com que ela seja eliminada antes de ser absorvida", afirma Alex Botsaris. Essas plantas têm alto valor nutritivo : As algas também são uma boa pedida à mesa. Elas carregam muitos nutrientes e acrescentam poucas calorias aos pratos. São ricas nas vitaminas A, do complexo B, C, D e E. "Podem ser uma fonte alternativa e mais barata de proteínas, embora não tão adequada quanto as de origem animal", ressalta Hernando Flores, nutricionista da Universidade Federal de Pernambuco. Elas fornecem ainda ótimas doses de cálcio. Diante de tantas vantagens, seria ideal contar com esses ingredientes na dieta nacional. Não é o que acontece. O brasileiro consome só os subprodutos das algas – mesmo assim indiretamente. Os colóides, ou seja, sua porção gelatinosa, são usados na indústria alimentícia para dar viscosidade a molhos e doces. Ainda é preciso aprender muitas lições com os povos do Oriente. http://www.portalve rde.com.br/ alimentacao/ beneficios/ algas.htm FONTE: (Katia Geiling, "Revista Saúde é Vital", FEV/2001)

quinta-feira, 4 de março de 2010

ESCALDA PÉS

Esta modalidade é conhecida também como banho quente nos pés ou pedilúvio quente e insere-se na prática de Hidroterapia. Na Hidroterapia a água é o recurso terapêutico que desintoxica, relaxa, revigora, e aumenta a resistência contra as doenças. Nesta prática utilizam-se temperaturas frias, quentes e de contrate (quente e frio) para que através das reações recupere-se ou mantenha-se a saúde e o bem-estar. Os pés constituem 10 % da superfície do corpo humano e são sedes das zonas reflexas (representam todo o corpo na superfície plantar) de todos órgãos, sendo assim, quando banhados oportunamente dosados e temperados reagem direta e indiretamente na pessoa. A temperatura quente é compreendida entre 38 a 40 ° C, com aplicação na duração de 20’a 30’. Como reação fisiológica à temperatura quente destaca-se: aumenta a temperatura corporal; passa maior quantidade de sangue dos órgãos internos para a periferia; aumenta o fluxo do sangue circulante, o que influi favoravelmente sobre o coração, os pulmões, o fígado, os rins e o sistema parassimpático; alivia dores e reduz os espasmos musculares. A reação ao calor é passiva do organismo, na qual os poros da pele abrem-se como mecanismo de termoregulação, e resfriam o corpo. Por intermédio deste banho nos pés ocorrem reações orgânicas em decorrência das propriedades químicas e físicas destas águas nos pés. As propriedades químicas das águas incluem a análise das características químicas presentes nestas águas, ou seja, magnésio, sódio, enxofre, cálcio, bromo, dentre outros minerais e oligoelementos estão presentes nesta água e adentram o corpo por osmose e difusão (por isso fica-se “murcho” ao tomar banho por muito tempo). As propriedades físicas das águas nos pés estarão sendo sentidas principalmente pelo empuxo (força gerada de baixo para cima) e pela pressão hidrostática na imersão que favorecerá o retorno venoso nesta modalidade. As indicações desta modalidade são a diferentes casos profiláticos e curativos. Ou seja, devido a dores no tornozelo em um entorse crônico, alterações gastro-intestinais, preocupações, ansiedade, dentre outras disfunções das pessoas indica-se um escalda-pés. Aliás, depois de um dia de atividades em que os pés estão cansados e doloridos, um escalda-pés pode ser uma excelente opção para promover alívio da tensão e promover a ativação da circulação periférica nos pés para um sono tranqüilo. Na presença de varizes ou edema nos membros inferiores restringe-se a execução desta modalidade devido a vasodilatação verificada, indicando-se então o banho de pés frio ou de contraste (quente e frio). Esta prática, assim como a Acupuntura, a Homeopatia e a Fitoterapia são medicinas complementares integradas ao sistema público de saúde. O Termalismo ou Crenoterapia é o tipo de intervenção com águas minerais, como o escalda-pés. Em novembro de 2006 o Ministro da Saúde publicou uma portaria que institui a PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares). O governo espera ter atendimentos complementares em mais de 80% das unidades do SUS por volta de 2012. Realiza-se o banho quente de pés da seguinte maneira: - Em uma bacia colocar água acima dos tornozelos; - Temperatura: 38º - 40° C (usar termômetro para água), manter a temperatura indicada; - Duração: 20 - 30 minutos - Sugestão prática: utilizar bolinhas de gude dentro da água para massagear as superfícies plantares dos pés, argilas, sal marinho grosso e fino, ervas medicinais, óleos essenciais.

TERMOREGULAÇÃO

O efeito da Hidroterapia sobre o organismo baseia-se na reação do próprio organismo. Em Hidroterapia, chamam-se frias as temperaturas inferiores às da pele, e quentes, as superiores. O efeito da Hidroterapia sobre o corpo corresponde a uma reação tripla: reação nervosa, com produção de correntes eletromagnéticas no organismo e a conseqüente produção de oxigênio atômico livre, mais ativo que o molecular; reação circulatória, com modificação da irrigação sangüínea dos órgãos; reações térmicas por modificações na temperatura. A água fria provoca as reações mais completas, segundo estudos específicos. É a melhor para pôr em movimento todas as forças vitais; sua ação benéfica depende apenas do grau em que é aplicada, tanto em extensão como em duração. Isso só pode ser determinado pelas condições de temperamento, constituição e grau de enfermidade do paciente. A água fria é um excelente estimulante para a circulação, inervação e calorificação. (MIRANDA,2004, p. 75)

quarta-feira, 3 de março de 2010

TALASSOTERAPIA

Ao refletir sobre o que envolve a vida marinha, constata-se que debaixo d´água há outro mundo, com seres, ambientes e processos bastante curiosos, que envolvem muita apreciação em diversos aspectos.
O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais ricos da Terra. O planeta Terra é formado por ¾ de água (doce e salgada) e apenas ¼ de terra (continentes e ilhas). A água do planeta é representada por apenas 2,7% de água, enquanto os outros 97,3% são água salgada, disposta em mares e oceanos. (SABESP, 2008).
Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si. No corpo humano a água é o principal constituinte, existe entre 70% a 75%, devendo-se ao fato de ser um componente essencial no funcionamento do organismo, necessário para muitas das funções vitais. (SEELEY, STEPHENS, TATE, 1997).
O corpo humano tem uma afinidade com a água salgada, pois os elementos presentes na água do mar são semelhantes aos elementos encontrados no plasma sangüíneo; as lágrimas e o suor também têm um gosto levemente salgado. Segundo o francês René Quinton (1985 apud OBEL, p.23) a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Ele afirma o que hoje se tornou indiscutível: “o homem vem do mar”.
O ambiente marinho e todo o espaço ao seu redor têm uma variedade de recursos terapêuticos como: as algas, areia, sal marinho, lama marinha, o clima e a própria água do mar. Para Eder (1998) o mar é reconhecido há milênios como um remédio natural. Estes recursos naturais fazem parte da Talassoterapia (do grego thalassa significa mar, e therapy cura), que expressa então o uso terapêutico do ambiente marinho, o qual tem diversos benefícios fisiológicos e psicológicos, fortalecendo, assim: corpo, mente e espírito.
A água do mar é rica em sais minerais, proteínas essenciais, ácidos graxos e glicosídeos, que trazem relaxamento ao corpo, aliviam dores e “reenergizam”. Com um banho de mar é possível a renovação do corpo e da alma, pois além das propriedades da água, a quebra das ondas no corpo promove uma drenagem linfática. O estímulo da pele e da circulação através das propriedades da água propicia o bem-estar e alivia o cansaço físico, atuando na harmonia do corpo como um todo. Não é à toa a crença de que um banho de mar pode "descarregar" energias negativas, pois quanto mais quente a região, maior o grau de concentração de salinidade da água, isto é, maior a quantidade de sais dissolvidos na água em forma de íons. De acordo com Eder (1998), cerca de 99% de composição total da água do mar é de sais diluídos ou de iôns. Isto resulta numa salinidade de aproximadamente 34,7%, ou seja, 34,7 gramas de sal em um litro de água do mar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MUDANÇA DE HÁBITO


Beber água é um hábito saudável que deve ser desenvolvido por todas as pessoas.
A seguir, reproduziremos um caso relatado pelo Dr. Ícaro Alves Alcântara - Médico docente da disciplina SEMIOLOGIA do UNICEUB - Centro Universitário de Brasília.
Ícaro Alves Alcântara - Revista UNICEUB - Ano IV - Abril 2003 - Nº 8
http://www.trainingleader.com.br/modulos/news/descricao.php?cod=138#
12/09/2007
Há cerca de um ano, atendi no HFA uma senhorita dos seus "quase 30 anos” com uma ENXAQUECA bastante comum: Cefaléia (Dor de cabeça).
A paciente relatava que já havia passado por otorrinos, oftalmo, neuro, clínico e até endocrinologista, com as prescrições dos mais diversos tratamentos e a presunção de várias hipóteses diagnósticas, sem qualquer melhora, entretanto.
Durante sua consulta, entre várias perguntas habituais, questionei o quanto de ÁGUA ela bebia por dia e de que forma (ou seja, com qual periodicidade).
A mesma me afirmou que bebia pouquíssima água, porque não sentia sede, principalmente à noite.
Após várias outras perguntas, suspendi todos os medicamentos e disse-lhe que ela precisava apenas TOMAR ÁGUA adequadamente.
Um tanto quanto descrente, ela voltou para casa.
Após apenas uma semana, retornou contando que não sentia mais dor de cabeça, que seu intestino funcionava melhor e que sua disposição havia melhorado. Milagre? Não, todos nós sabemos o quanto é importante uma ingestão adequada de água diariamente, mas quase sempre negligenciamos.
Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si.
O próprio corpo humano é constituído em 70% POR ÁGUA que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas e repõe energia...
Entre inúmeras outras utilidades!
Preconiza-se o número de 1 copo de 200ml de água por hora em que se estiver acordado.
Assim sendo, a ingestão de água deve ser independente da sede, constante e rigorosa.
E não adianta deixar para tomar os 2 a 3 litros necessários diariamente de uma só vez.
Estudos mostram que o estômago capacita apenas 12ml/kg/hora, ou seja um adulto não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez sem "passar mal".
Se você ainda não se convenceu, observe:
- Cabelos - falta de vitalidade;
- Couro cabeludo - descamação;
- Concentração - distúrbios;
- Sono e Memória – com perda da disposição para realização das atividades diárias, em virtude da circulação cerebral por baixa quantidade de água que faz o sangue ficar mais "viscoso" e "grosso", de circulação mais lenta;
- ressecamento dos olhos e tecido das vias aéreas que com baixa umidade, sofrem lesões com mais facilidade por ficarem mais frágeis, assim tornando-se mais propensos a inflamações e infecções;
- conjuntivites;
- sinusites;
- bronquites;
- pneumonias;
- lesões da pele com aparecimento de cravos e espinhas pela não eliminação adequada das toxinas via pele e seu acúmulo local;
- queda e enfraquecimento dos pêlos;
- baixa produção de saliva;
- distúrbio no aproveitamento adequado de vitaminas e sais minerais, com excesso em alguns lugares e falta em outros, levando a cãibras, dormências, perdas de força muscular e problemas ósseos dentais;
- respiração dificultada, por vezes levando à falta de ar, sobretudo nos exercícios físicos;
- constipação e por vezes, sangramento retal (devido a fezes ressecadas, endurecidas que lesam o tecido intestinal ao moverem-se em seu interior);
- impotência ou disfunções eréteis ou, no caso das mulheres, sangramentos vaginais.
É certo que há água nos alimentos, mesmo os sólidos, mas a complementação da ingestão diária de água deve ser feita, periodicamente.
Uma forma de se observar se a quantidade de água é adequada, é observar a cor da urina, que deve ser incolor. Quanto mais forte, pouca ingestão de água está sendo feita.
Vale lembrar que é sempre bom evitar bebidas alcoólicas, ou não alcoólicas, que apesar de serem diuréticas evitam que se beba a água.
Evite também, a ingestão de água pelo menos meia hora antes do almoço, para não prejudicar a digestão.

Uma curiosidade:
Há trabalhos científicos evidenciando que muitos tratamentos com medicações orais, sobretudo anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e anti-hipertensivos não alcançam o devido sucesso em virtude da baixa ingestão de água por parte do paciente; isto se deveria tanto à má circulação da substância pelo corpo quanto à má absorção da mesma no intestino, processo este dependente da água como veículo de transporte para a substância.

A ÁGUA


O instinto de procurar a água vem de estados muito anteriores ao homem – desde os mais baixos animais – desde todas as formas elementares da vida, tais como ameba, a monera e outras formas tênues do limo do leito do oceano – desde muitos princípios da própria vida orgânica (RAMACHARACA, 1995, p.32).

SIMBOLISMO DA ÁGUA



As significações simbólicas da água podem reduzir-se a três temas dominantes: fonte de vida, meio de purificação, centro de regenerescência. Esses três temas se encontram nas mais antigas tradições e formam as mais variadas combinações imaginárias – e as mais coerentes também (CHEVALIER, 2008, p.15).

Planeta Água

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