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quinta-feira, 4 de março de 2010
ESCALDA PÉS
Esta modalidade é conhecida também como banho quente nos pés ou pedilúvio quente e insere-se na prática de Hidroterapia. Na Hidroterapia a água é o recurso terapêutico que desintoxica, relaxa, revigora, e aumenta a resistência contra as doenças. Nesta prática utilizam-se temperaturas frias, quentes e de contrate (quente e frio) para que através das reações recupere-se ou mantenha-se a saúde e o bem-estar.
Os pés constituem 10 % da superfície do corpo humano e são sedes das zonas reflexas (representam todo o corpo na superfície plantar) de todos órgãos, sendo assim, quando banhados oportunamente dosados e temperados reagem direta e indiretamente na pessoa. A temperatura quente é compreendida entre 38 a 40 ° C, com aplicação na duração de 20’a 30’. Como reação fisiológica à temperatura quente destaca-se: aumenta a temperatura corporal; passa maior quantidade de sangue dos órgãos internos para a periferia; aumenta o fluxo do sangue circulante, o que influi favoravelmente sobre o coração, os pulmões, o fígado, os rins e o sistema parassimpático; alivia dores e reduz os espasmos musculares. A reação ao calor é passiva do organismo, na qual os poros da pele abrem-se como mecanismo de termoregulação, e resfriam o corpo.
Por intermédio deste banho nos pés ocorrem reações orgânicas em decorrência das propriedades químicas e físicas destas águas nos pés. As propriedades químicas das águas incluem a análise das características químicas presentes nestas águas, ou seja, magnésio, sódio, enxofre, cálcio, bromo, dentre outros minerais e oligoelementos estão presentes nesta água e adentram o corpo por osmose e difusão (por isso fica-se “murcho” ao tomar banho por muito tempo). As propriedades físicas das águas nos pés estarão sendo sentidas principalmente pelo empuxo (força gerada de baixo para cima) e pela pressão hidrostática na imersão que favorecerá o retorno venoso nesta modalidade.
As indicações desta modalidade são a diferentes casos profiláticos e curativos. Ou seja, devido a dores no tornozelo em um entorse crônico, alterações gastro-intestinais, preocupações, ansiedade, dentre outras disfunções das pessoas indica-se um escalda-pés. Aliás, depois de um dia de atividades em que os pés estão cansados e doloridos, um escalda-pés pode ser uma excelente opção para promover alívio da tensão e promover a ativação da circulação periférica nos pés para um sono tranqüilo. Na presença de varizes ou edema nos membros inferiores restringe-se a execução desta modalidade devido a vasodilatação verificada, indicando-se então o banho de pés frio ou de contraste (quente e frio).
Esta prática, assim como a Acupuntura, a Homeopatia e a Fitoterapia são medicinas complementares integradas ao sistema público de saúde. O Termalismo ou Crenoterapia é o tipo de intervenção com águas minerais, como o escalda-pés. Em novembro de 2006 o Ministro da Saúde publicou uma portaria que institui a PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares). O governo espera ter atendimentos complementares em mais de 80% das unidades do SUS por volta de 2012.
Realiza-se o banho quente de pés da seguinte maneira:
- Em uma bacia colocar água acima dos tornozelos;
- Temperatura: 38º - 40° C (usar termômetro para água), manter a temperatura indicada;
- Duração: 20 - 30 minutos
- Sugestão prática: utilizar bolinhas de gude dentro da água para massagear as superfícies plantares dos pés, argilas, sal marinho grosso e fino, ervas medicinais, óleos essenciais.
TERMOREGULAÇÃO
O efeito da Hidroterapia sobre o organismo baseia-se na reação do próprio organismo. Em Hidroterapia, chamam-se frias as temperaturas inferiores às da pele, e quentes, as superiores. O efeito da Hidroterapia sobre o corpo corresponde a uma reação tripla: reação nervosa, com produção de correntes eletromagnéticas no organismo e a conseqüente produção de oxigênio atômico livre, mais ativo que o molecular; reação circulatória, com modificação da irrigação sangüínea dos órgãos; reações térmicas por modificações na temperatura. A água fria provoca as reações mais completas, segundo estudos específicos. É a melhor para pôr em movimento todas as forças vitais; sua ação benéfica depende apenas do grau em que é aplicada, tanto em extensão como em duração. Isso só pode ser determinado pelas condições de temperamento, constituição e grau de enfermidade do paciente. A água fria é um excelente estimulante para a circulação, inervação e calorificação. (MIRANDA,2004, p. 75)
quarta-feira, 3 de março de 2010
TALASSOTERAPIA
Ao refletir sobre o que envolve a vida marinha, constata-se que debaixo d´água há outro mundo, com seres, ambientes e processos bastante curiosos, que envolvem muita apreciação em diversos aspectos.
O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais ricos da Terra. O planeta Terra é formado por ¾ de água (doce e salgada) e apenas ¼ de terra (continentes e ilhas). A água do planeta é representada por apenas 2,7% de água, enquanto os outros 97,3% são água salgada, disposta em mares e oceanos. (SABESP, 2008).
Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si. No corpo humano a água é o principal constituinte, existe entre 70% a 75%, devendo-se ao fato de ser um componente essencial no funcionamento do organismo, necessário para muitas das funções vitais. (SEELEY, STEPHENS, TATE, 1997).
O corpo humano tem uma afinidade com a água salgada, pois os elementos presentes na água do mar são semelhantes aos elementos encontrados no plasma sangüíneo; as lágrimas e o suor também têm um gosto levemente salgado. Segundo o francês René Quinton (1985 apud OBEL, p.23) a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Ele afirma o que hoje se tornou indiscutível: “o homem vem do mar”.
O ambiente marinho e todo o espaço ao seu redor têm uma variedade de recursos terapêuticos como: as algas, areia, sal marinho, lama marinha, o clima e a própria água do mar. Para Eder (1998) o mar é reconhecido há milênios como um remédio natural. Estes recursos naturais fazem parte da Talassoterapia (do grego thalassa significa mar, e therapy cura), que expressa então o uso terapêutico do ambiente marinho, o qual tem diversos benefícios fisiológicos e psicológicos, fortalecendo, assim: corpo, mente e espírito.
A água do mar é rica em sais minerais, proteínas essenciais, ácidos graxos e glicosídeos, que trazem relaxamento ao corpo, aliviam dores e “reenergizam”. Com um banho de mar é possível a renovação do corpo e da alma, pois além das propriedades da água, a quebra das ondas no corpo promove uma drenagem linfática. O estímulo da pele e da circulação através das propriedades da água propicia o bem-estar e alivia o cansaço físico, atuando na harmonia do corpo como um todo. Não é à toa a crença de que um banho de mar pode "descarregar" energias negativas, pois quanto mais quente a região, maior o grau de concentração de salinidade da água, isto é, maior a quantidade de sais dissolvidos na água em forma de íons. De acordo com Eder (1998), cerca de 99% de composição total da água do mar é de sais diluídos ou de iôns. Isto resulta numa salinidade de aproximadamente 34,7%, ou seja, 34,7 gramas de sal em um litro de água do mar.
O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais ricos da Terra. O planeta Terra é formado por ¾ de água (doce e salgada) e apenas ¼ de terra (continentes e ilhas). A água do planeta é representada por apenas 2,7% de água, enquanto os outros 97,3% são água salgada, disposta em mares e oceanos. (SABESP, 2008).
Todos os organismos vivos apresentam de 50% a 90% de água em si. No corpo humano a água é o principal constituinte, existe entre 70% a 75%, devendo-se ao fato de ser um componente essencial no funcionamento do organismo, necessário para muitas das funções vitais. (SEELEY, STEPHENS, TATE, 1997).
O corpo humano tem uma afinidade com a água salgada, pois os elementos presentes na água do mar são semelhantes aos elementos encontrados no plasma sangüíneo; as lágrimas e o suor também têm um gosto levemente salgado. Segundo o francês René Quinton (1985 apud OBEL, p.23) a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Ele afirma o que hoje se tornou indiscutível: “o homem vem do mar”.
O ambiente marinho e todo o espaço ao seu redor têm uma variedade de recursos terapêuticos como: as algas, areia, sal marinho, lama marinha, o clima e a própria água do mar. Para Eder (1998) o mar é reconhecido há milênios como um remédio natural. Estes recursos naturais fazem parte da Talassoterapia (do grego thalassa significa mar, e therapy cura), que expressa então o uso terapêutico do ambiente marinho, o qual tem diversos benefícios fisiológicos e psicológicos, fortalecendo, assim: corpo, mente e espírito.
A água do mar é rica em sais minerais, proteínas essenciais, ácidos graxos e glicosídeos, que trazem relaxamento ao corpo, aliviam dores e “reenergizam”. Com um banho de mar é possível a renovação do corpo e da alma, pois além das propriedades da água, a quebra das ondas no corpo promove uma drenagem linfática. O estímulo da pele e da circulação através das propriedades da água propicia o bem-estar e alivia o cansaço físico, atuando na harmonia do corpo como um todo. Não é à toa a crença de que um banho de mar pode "descarregar" energias negativas, pois quanto mais quente a região, maior o grau de concentração de salinidade da água, isto é, maior a quantidade de sais dissolvidos na água em forma de íons. De acordo com Eder (1998), cerca de 99% de composição total da água do mar é de sais diluídos ou de iôns. Isto resulta numa salinidade de aproximadamente 34,7%, ou seja, 34,7 gramas de sal em um litro de água do mar.
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