segunda-feira, 6 de junho de 2011

TALASSOTERAPIA: Os recurso marinhos a favor da saúde



     A Talassoterapia contempla a utilização simultânea de numerosas riquezas do ambiente marinho com o objetivo de promover, recuperar e manter a saúde integral. Alguns dos elementos marinhos considerados como terapêuticos são: Sol (Helioterapia), Ventos e Brisas, Areia, Banhos, Lama marinha, Algas, Sal marinho.
     O ambiente marinho é rico em minerais, e isso faz da talassoterapia uma prática, essencialemte, revitalizante (remineralizante). Cerca de 99% da composição da água do mar é de sais diluídos. A quantidade total de íons resulta numa salinidade de aproximadamente 34,7 gramas de sal em um litro de água do mar; sendo que nas regiões mais quentes esta concentração é mais elevada. Entre os elementos encontrados estão: Sódio, Potássio, Amônio, Lítio, Magnésio, Cálcio, Estrôncio, Ferro, Cloro, Bromo, Flúor, Iodo, entre outros.
     A talassoterapia auxilia no restabelecimento dos mecanismos normais de defesa e equilíbrio do corpo. Dois fatores tem papel importantíssimo: o clima litorâneo e os banhos de água salgada. Via de regra, a água do mar (ou água salinizada com o sal marinho) é aquecida até atingir a temperatura do corpo para que os sais minerais e os elementos-traços, ou micronutrientes, penetrem melhor a pele. Além disso, a água morna tem efeito analgésico e provoca uma sensação de alívio e bem-estar. Tão importante quanto os banhos salgados é a brisa do mar, que contém elementos benéficos para a mucosa das vias respiratórias. Na vazante, devido ao vento e às ondas, cerca de 30% da solução salina se volatiliza, ou seja, transforma-se em gotas. Enquanto as maiores tornam a cair no mar, as menores ficam em suspensão no ar e podem ser inaladas. Ao serem aspiradas, essas gotículas chegam às vias respiratórias umidificando-as. Assim, a solução salina estimula a irrigação sanguínea das vias respiratórias; e além disso chega à circulação linfática ao passar pelas mucosas do nariz e da boca. Dessa forma, além de as vias respiratórias serem umidificadas, o corpo recebe importantes elementos-traços.
     O sal marinho favorece a purificação/ limpeza das vias respiratórias; além disso possui propriedades cicatrizantes e anti-sépticas. Em geral, a riqueza de minerais presentes nos elementos marinhos é responsável pela liberação de toxinas pelos tecidos e pela melhora do equilíbrio osmótico das células.
     Felizmente é possível usufruir das “força curativas” do mar não só no litoral, mas também em casa. Hoje em dia, é possível dispor de alguns elementos marinhos como o sal marinho, a lama marinha, as algas, que podem ser utilizadas em compressas, cataplasmas, inalações, banhos; associados a outras práticas proporcionadas pela hidroterapia. Os recursos marinhos possuem a propriedade de potencializar os efeitos da hidroterapia.

Algas: A essência do mar

     As algas formam um grupo heterogêneo de plantas inferiores que tem um longo passado na história da Terra. Elas são as ancestrais de toda vida, existem a milhões de anos e seu valor se deve justamente a esse primitivismo.
     A escala cromática de todas as algas vai do verde-azulado até o vermelho, sendo que cada nuance depende da profundidade de seu hábitat. Elas precisam se luz do sol para viver, e suas cores são determinadas pelo pigmentos fotossintéticos capazes de captar radiação solar mesmo em grandes profundidades. A classificação das algas se dá pela coloração que estas apresentam: algas marrons/pardas (feofíceas), algas vermelhas (rodofíceas), algas azuis (cianofíceas), e algas verdes (clorofíceas). Algumas das algas usadas terapeuticamente são:

 Fúcus (Fucus vesiculosos)

     É uma alga parda, que tem a propriedade de estimular o sistema imunológico, ativar o metabolismo de gorduras e favorecer a função renal. Como complemento alimentar, é utilizado no combate ao hipotireoidismo, ao reumatismo, à artrite, e à bronquite asmática. Também favorece a desintoxicação do organismo. E a fucoidina, presente nesta alga, caracteriza-se pela capacidade de revigorar o sistema imunológico.

Kombu (Ascophylum nodosum)

     É uma alga parda, que possui altíssimo teor de iodo e magnésio, utilizada para favorecer os processos digestivos. Considerada pela sua propriedade de auxiliar na eliminação de toxinas do intestino. É suave estimulador do sistema linfático e muito benéfica para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica. Esta alga forma uma pasta, podendo ser usada em massagens, substituindo os cremes ou óleos.

Wakamé (Undaria pinnatifida)

     É também uma alga parda, rica em minerais e vitaminas: ferro, magnésio, potássio, fósforo, enxofre, vitamina C e vitamina do complexo B. Utilizada na desintoxicação do organismo de metais pesado e nicotina, e além disso é indicada nas cardiopatias e nos casos de hipertensão arterial. Esta alga revigora a pele, assim como fortalece o sistema imunológico.

Agar-agar (Gelidium corneum)

     Esta é uma alga vermelha rica em sais minerais. Ela favorece a proteção contra inflamações das mucosas; utilizada pela sua propriedade antiinflamatória. E auxilia na regulação das funções intestinais (efeito laxante e diurético). Na forma de chá, combate a tosse e o catarro .

Nori (Ulva lactuca)

     É uma alga verde rica em proteínas, cálcio, ferro, vitaminas A, C B1 e B2. É recomendada para a diminuição de taxas elevadas de colesterol. Facilita a digestão e é indicada para os casos de úlcera estomacal. É útil no combate às infecções bacterianas. E também atua na regulação intestinal. Na cosmética se destaca como hidratante, sendo indicada para limpeza e rejuvenescimento da pele.
     O uso da algas como elemento terapêutico pede alguns cuidados. É necessário que antes da aplicação, deixe-se a alga em água (potável/mineral/salinizada) para a hidratação, como também se pode fragmentar/ macerar a alga antes do uso. As algas são sensíveis ao calor; elas desnaturam, ou seja, perdem suas propriedades acima dos 40º C, portanto, não se recomenda ferver a água para o uso com as algas.

Lama Marinha
    
     Riquíssima em sal, a lama marinha forma-se a partir da sedimentação de minúsculas partículas inorgânicas e orgânicas. Seu valor medicinal é conhecido há milênios. Seu efeito terapêutico se deve sobretudo ao superaquecimento e ao teor de enxofre. Em virtude de sua composição especial, a lama marinha inibe as inflamações (propriedade antiinflamatória), abranda dermatites e dermatoses (inclusise na diminuição de coceiras na pele).
     A lama marinha, de massa mole, argilosa e cinzenta é retirada diretamente das águas baixas da costa ou das chamadas jazidas sub-recentes. A lama medicinal é um pelóide. Pelóides são substâncias orgânicas ou inorgânicas oriundas de processos geológicos e/ou biológicos.
     Ela possui três propriedades essenciais: termoplegia (capacidade de reter calor); hidropsia (capacidade de reter água, tornar-se untosa e fácil de manusear) e tixotropia (capacidade de mudar de consistência - "amolece quando agitada e fica mais firme/consistente quando em repuso")
     Os banhos, os cataplasmas ou as compressas de lama marinha são apropriados ao tratamento de apoio de enfermidades reumáticas, de artrite, de dores ciáticas, de doenças das articulações e dos músculos, das nevralgias e de distúrbios circulatórios periféricos, entre outros. 
     A lama marinha pode ser aplicada sob temperatura natural ou quente (35 a 50 graus). Como no uso das algas não se recomenda aquecê-la em demasia, já que elevadas temperaturas provocam a perda das suas propriedades e funções.

*Lama Marinha X Argila Medicinal

     Muitas vezes, o uso da lama marinha (fangoterapia) é confundido como o uso de argila (geoterapia). Vale lembrar que se tratam de elementos diferentes, com composições diferentes. A lama marinha contém argila em sua composição (não é argila), além de muitos outros constituintes que se sedimentam no fundo do mar. Enquanto a argila, utilizada na geoterapia, refere-se a um conjunto de minerais com composição e estrutura cristalográfica particulares, constituídas basicamente de alumínio, hidroxila (OH) e silício, podendo ser descrita como silicato de alumínio hidratado.

Referência: Eder, Angelika. Talassoterapia em casa. São Paulo. Ed. Pensamento: 2005.
Artigo:
Benefícios da Talassoterapia e Balneoterapia na Fibromialgia.
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v48n2/05.pdf

sábado, 28 de maio de 2011

Na prática: os efeitos da Hidroterapia


“Em todas as culturas, civilizações e religiões, a água é alçada a uma natureza de símbolo. Ela é muito mais do que um elemento utilitário e necessário à vida. Ela tem uma força simbólica, algo que congrega e segura nela mesma os desejos e as fantasias mais profundas da alma humana.”


Adélia Prado

Na Prática...

     A água pode ser utilizada como veículo terapêutico tanto externamente quanto internamente (pela sua ingesta); em seus estados sólido, líquido e gasoso. De modo geral, a água pode atuar através de estímulos térmicos, mecânicos, por reação e por reflexo. E através destes estímulos a hidroterapia possui dois principais objetivos: o de desintoxicar e o de revigorar o organismo. (DALLA,2000).
     Por fim, pode-se dizer que existem diversas formas de se usar a água como elemento terapêutico. O termo hidroterapia engloba todas elas, mas no trabalho da Naturologia Aplicada podem ser diferenciadas algumas formas distintas de utilização da água nos processos terapêuticos:

  • Duchas quentes, frias ou mornas;
  • Compressas úmidas;
  • Pachos (envoltórios);
  • Inalação/vaporização;
  • Crioterapia (aplicação de gelo ou água muito fria);
  • Talassoterapia (utilização dos recursos marinhos);
  • Crenoterapia/Termalismo (utilização das águas termais/minerais tanto externa quanto internamente)
     Apesar de a hidroterapia ser uma prática natural complementar, deve-se lembrar de algumas recomendações/precauções e contra-indicações:

  • Inspecionar o local onde será aplicada a hidroterapia, observando a sensibilidade (queimaduras, dermatites...) e a condição circulatória (varizes, úlceras).
  • Sempre que possível, realizar escovações com bucha vegetal na área a ser tratada a fim de estimular a circulação local e retirar células mortas que dificultem a absorção de água ( e outros elementos adicionados) pela epiderme.
  • De maneira geral, iniciar o tratamento de forma gradual, com temperaturas amenas, evoluindo-se até alcançar a temperatura almejada, principalmente em crianças e idosos.
  • Por ser uma prática que visa a saúde do indivíduo, solicitá-lo que diminua a ingesta de bebida alcoólica e fumo, ao menos antes e após as aplicações hidroterápicas.
  • Após aplicações quentes, submeter o indivíduo a uma ducha ou compressa fria, no intuito de reequilibrar a temperatura corpórea.
  • Não há necessidade de se enxugar com fricção após aplicação de hidroterapia, basta apenas que se passe levemente a toalha, no intuito de retirar o excesso de água.
Efeitos Gerais da Hidroterapia...

     A Hidroterapia produz efeitos no organismo, que se baseiam principalmente na termorregulação. A termorregulação consiste na capacidade do corpo de gerar mecanismos de produção ou perda de calor devido a mudanças de temperatura no meio, a fim de manter a homeostase - equilíbrio interno. Dessa forma, os efeitos atingidos com a hidroterapia estão intimamente ligados à temperatura da água.



     Nas modalidades hidroterápicas quentes pode-se observar alguns possíveis efeitos:

  • Dilatação dos vasos sangüíneos, levando ao aumento do suprimento sangüíneo periférico e elevação da temperatura muscular, que leva ao aumento do metabolismo da pele e dos músculos e, conseqüentemente, ao aumento do metabolismo geral e da freqüência respiratória
  • O aumento da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas à medida que a temperatura interna elevar-se.
  • Melhora da capacidade aeróbica
  • Melhora nas trocas gasosas
  • Reeducação respiratória
  • Aumento no consumo de energia
  • Auxílio no retorno venoso
  • Melhoria da irrigação sangüínea, resultando na estabilidade da pressão arterial e no retardo do aparecimento de varizes.
  • O calor relativamente brando reduz a sensibilidade das terminações sensitivas e, à medida que os músculos são aquecidos pelo sangue que os atravessa, seu tônus diminui levando ao relaxamento muscular.
  • Alguns estudos comprovam que a aplicação intensa e prolongada de calor úmido penetra até 3,4 cm, atingindo inclusive camadas superficiais dos músculos. Promove, também, o aumento do número de leucócitos, além da melhora das condições tróficas, levando a um quadro geral mais saudável.
  • Redução de espasmos musculares e das dores
  • Diminuição da fadiga muscular; e recuperação de lesões
  • Auxílio no alongamento muscular
  • Desintoxicação promovida pela transpiração.

    
     Nas modalidades hidroterápicas frias pode-se observar alguns efeitos principais, entre eles, o de analgesia. Devido a vasoconstricção, a diminuição da circulação local, e o decréscimo do metabolismo local, promovidos pela aplicação do frio, observa-se um efeito de “dormência”, de analgesia. Além disso, o frio promove a sedação por competição de estímulos nervosos. Assim as modalidades frias locais são indicadas para processos agudo inflamatórios – onde há calor, rubor, edema e dor. Vale lembrar, que as modalidades frias são recomendadas apenas quando locais e/ou num intervalo pequeno de tempo. As modalidades frias gerais (no corpo todo) prolongadas (mais que 20 minutos de exposição) deprimem muito as funções vitais: o metabolismo geral é diminuído, a temperatura decresce, o ritmo cardíaco é reduzido, a circulação torna-se lenta, o coeficiente respiratório sofre declínio, a sensibilidade cutânea é deprimida, os músculos tornam-se descoordenados, a digestão é retardada, isto é, exigem muito do organismo. Já as modalidades frias gerais curtas, as quais se recomenda menos que 5 minutos de exposição, podem trazer efeitos vitalizantes, tônicos, com o aumento do tônus muscular, aumento da atividade interna associado ao aumento da produção de calor, aumento de vigor e sensação de bem-estar.



Referências: Biasoli, M. C; Machado, C.M.C. Hidroterapia: aplicabilidades clínicas. [artigo online]
Moor, et al. Manual de hidroterapia e massagem.
Dalla Via, G. A hidroterapia: a cura pela água

domingo, 22 de maio de 2011

Água: Fonte de Vida

“Em todas as culturas, civilizações e religiões, a água é alçada a uma natureza de símbolo. Ela é muito mais do que um elemento utilitário e necessário à vida. Ela tem uma força simbólica, algo que congrega e segura nela mesma os desejos e as fantasias mais profundas da alma humana.”


Adélia Prado


Um pouco de História...

   Desde os tempos primitivos a água tem sido usada como veículo de cura, purificação, limpeza, nutrição e hidratação.

   Desenhos rupestres e pinturas murais mostram a relação estreita que o homem primitivo mantinha com a água. A água era considerada, pelos povos antigos, um remédio que a Natureza generosamente oferecia. A maioria das culturas antigas conheciam e praticavam a hidroterapia.

   A Índia sustenta que a sua população não se perdeu nem degenerou ao longo dos milênios da sua história porque soube conservar e transmitir a antiga sabedoria védica, que prezava pelo contato íntimo com a Natureza. A filosofia indiana atribui a vitalidade da água à energia vital denominada prana – presente em abundância na água e no ar, e sobretudo, na associação destes dois elementos, isto é, na água em movimento.

   No Egito antigo, os sacerdotes tinham extrema consideração pela terapia da água. Os persas consideravam o banho um ato sagrado. Os gregos purificavam-se com água antes de oferendas religiosas, além de considerá-la terapêutica.

   O próprio Hipócrates, considerado o “pai da medicina” enunciou sua teoria dos humores e prescrevia variadas formas de terapia com banhos frios seguidos de movimento, vapores, compressas quentes e úmidas, cataplasma de lama, duchas, pachos. A civilização grega trouxe o início da utilização das práticas hidroterápicas. E estes recursos terapêuticos são ainda hoje usados para a promoção, recuperação e manutenção da saúde.

   O emprego dos banhos teve seu apogeu na Idade Antiga com o Império Romano: em toda a sua extensão de domínio encontravam-se as Thermas, que possuíam dois objetivos: curar e revigorar tropas e a população local; e propiciar às famílias ricas repouso e divertimento.

   Na Idade Média, muitos conhecimentos de hidroterapia perderam-se, devido ao conceito de corpo equivalente a pecado. Em certos ambientes sociais chegava a ser considerado pouco elegante lavar-se com água, ou usar água como bebida.

   No século XVII, na Europa, ressurge a hidroterapia. Alguns nomes marcantes na história da hidroterapia: Johann Siegmund Hahn e Hunfeland que retomaram a teoria dos humores de Hipócrates, voltando a colocar em prática seus ensinamentos; Priessnitz e Kneipp, que ampliaram as técnicas de aplicação hidroterápica; e também Wilhelm Winternitz que contribuiu na promoção da hidroterapia.


Na Prática...

   A água pode ser utilizada como veículo terapêutico tanto externamente quanto internamente (pela sua ingesta); em seus estados sólido, líquido e gasoso. De modo geral, a água pode atuar através de estímulos térmicos, mecânicos, por reação e por reflexo. E através destes estímulos a hidroterapia possui dois principais objetivos: o de desintoxicar e o de revigorar o organismo. (DALLA,2000).

   Por fim, pode-se dizer que existem diversas formas de se usar a água como elemento terapêutico. O termo hidroterapia engloba todas elas, mas no trabalho da Naturologia Aplicada podem ser diferenciadas algumas formas distintas de utilização da água nos processos terapêuticos:

  • Duchas quentes, frias ou mornas;
  • Compressas úmidas;
  • Pachos (envoltórios);
  • Inalação/vaporização;
  • Crioterapia (aplicação de gelo ou água muito fria);
  • Talassoterapia (utilização dos recursos marinhos);
  • Crenoterapia/Termalismo (utilização das águas termais/minerais tanto externa quanto internamente)

   Apesar de a hidroterapia ser uma prática natural complementar, deve-se lembrar de algumas recomendações/precauções e contra-indicações:

  • Inspecionar o local onde será aplicada a hidroterapia, observando a sensibilidade (queimaduras, dermatites...) e a condição circulatória (varizes, úlceras).
  • Sempre que possível, realizar escovações com bucha vegetal na área a ser tratada a fim de estimular circulação local e retirar células mortas que dificultem a absorção de água ( e outros elementos adicionados) pela epiderme.
  • De maneira geral, iniciar o tratamento de forma gradual, com temperaturas amenas, evoluindo-se até alcançar a temperatura almejada, principalmente em crianças e idosos.
  • Por ser uma prática que visa a saúde do indivíduo, solicitá-lo que diminua a ingesta de bebida alcoólica e fumo, ao menos antes e após as aplicações hidroterápicas.
  • Após aplicações quentes, submeter o indivíduo a uma ducha ou compressa fria, no intuito de reequilibrar a temperatura corpórea.
  • Não há necessidade de se enxugar com fricção após aplicação de hidroterapia, basta apenas que se passe levemente a toalha, no intuito de retirar o excesso de água.






sábado, 14 de maio de 2011

Água: Fonte de Vida

“Em todas as culturas, civilizações e religiões, a água é alçada a uma natureza de símbolo. Ela é muito mais do que um elemento utilitário e necessário à vida. Ela tem uma força simbólica, algo que congrega e segura nela mesma os desejos e as fantasias mais profundas da alma humana.”

Adélia Prado


     A água é um elemento natural necessário a vida de qualquer ecossistema. Seus ciclos a tornam presente em todos os pontos do planeta, sob a forma de chuva, neve, gelo, águas fluviais, lacustres, subterrâneas, oceânicas, vapor e umidade. Em cada um destes estágios ela desempenha um papel ecológico importantíssimo à existência e à manutenção da vida. A água compartilha dos processos ecológicos essenciais, como a fotossíntese, a quimiossíntese e a respiração; participa como nicho ecológico de inúmeros seres. Sua mobilidade, seu poder de solubilidade, sua variação de densidade e sua característica de regulador térmico são atributos que respondem a sua função ecológica indispensável. (SILVA, 2003).
     O ciclo da água ou ciclo hidrológico se caracteriza pelo constante e dinâmico movimento da água no planeta, provocado por fatores climáticos, físicos, químicos e pela transpiração da cobertura vegetal (VAITSMAN;VAITSMAN,2005). O mesmos autores descrevem este ciclo (2005, p.17-18):
Ao atingir o solo, as águas provenientes das precipitações pluviométricas podem infiltrar-se até camadas impermeáveis alimentando as reservas de águas subterrâneas ou então escoar superficialmente dirigindo-se para os rios das bacias hidrográficas, mares e oceanos. Todas as águas superficiais sejam elas doces ou salgadas sob a ação do vento, e da temperatura proveniente da radiação solar, sofrem evaporação. Ao retornar para a atmosfera, no estado de vapor, a água se condensa reconstituindo as nuvens as quais, conforme as condições, precipitam na forma de chuva, neve ou granizo. A estes fatores deve-se acrescentar a transpiração dos vegetais. Aos dois fenômenos, evaporação e transpiração, que movimentam cerca de 70% a 75% da água precipitada na crosta terrestre dá-se o nome de evapotranspiração.

     A partir da observação do ciclo hídrico é possível perceber que a água existe na biosfera na forma líquida (doce e salgada), sólida e gasosa. Segundo Fiorillo e Rodrigues apud Souza (2006), a sua forma líquida constitui 97,72% de toda a água do planeta, sendo que destas 97% é salgada e 0,72% é doce, sendo que destes 0,72%, somente 0,014% refere-se à água doce superficial. Na forma de geleiras e calotas polares, encontra-se 2,25%, e no estado gasoso 0,03%.
     Com base nestes dados, é possível refletir que a abundância de água no planeta é aparente. Estima-se que, sendo 97,5% águas oceânicas, 2,5% sendo água líquida doce, apenas 0,01% é água potável. E para tornar a situação mais preocupante, menos de 1% é acessível. (SILVA,2003). De maneira geral, os autores ainda mencionam que a poluição, o desperdício e a superexploração deste recurso são as causas básicas da falta de água acessível no planeta. As principais causas de poluição são: esgotos sem tratamento lançados em rios e lagos; aterros sanitários que afetam os lençóis freáticos, os defensivos agrícolas que escoam com a chuva até os corpos d’água, os garimpos que jogam produtos químicos como mercúrio em córregos e rios, e os resíduos industriais. O desperdício é causado em grande parte pelos serviços de abastecimento público, que reflete as chamadas perdas físicas e comerciais, exemplificadas pelas atitudes de lavar calçadas, carros, regar plantas e banhos demorados. A superexploração do recurso hídrico é praticada principalmente pelo consumo agrícola e industrial. Diante disso, precisamos de CONSCIÊNCIA...

  

Planeta Água

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